A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24), a Operação Infravermelho, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudes envolvendo a emissão de CNH ilegal em Patos de Minas e região.
O esquema criminoso tinha como alvo principalmente pessoas que buscavam uma forma rápida e irregular de obter o documento sem passar pelas exigências legais.
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Segundo o delegado responsável pela operação, Érico Henrique Resende, as investigações revelaram que o grupo criminoso era liderado por um ex-dono de autoescola, que usava sua posição de confiança junto aos clientes para oferecer uma “facilidade” na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
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CNH ilegal era cobrada por esquema criminoso
Ele cobrava a quantia de R$ 6.500,00 em troca da promessa de que os interessados não precisariam passar pelos testes obrigatórios nem cumprir as etapas legais do processo de habilitação.
Além disso, o líder da quadrilha contava com o apoio de um despachante, que se apresentava falsamente como funcionário do Departamento de Trânsito (Detran).
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A investigação aponta que pelo menos 30 pessoas foram lesadas por essa dupla.
Quadrilha tinha uma equipe para prospectar ‘clientes’
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão.
A ação policial também identificou mais duas pessoas envolvidas no esquema, responsáveis por atrair novos “clientes” para a quadrilha.
Segundo o delegado, os suspeitos montaram uma rede de contatos para expandir suas atividades ilícitas e alcançar mais vítimas na região.
Pessoas que compraram a CNH ilegal são consideradas vítimas
O delegado Resende ressaltou que, apesar de as pessoas que adquiriram a CNH ilegal estarem envolvidas em uma conduta irregular, elas são consideradas vítimas de estelionato neste caso específico, uma vez que foram enganadas e sofreram prejuízos financeiros.
Ele incentivou que outras possíveis vítimas do esquema procurem a polícia, sem medo de retaliações, para fortalecer as investigações e desmantelar completamente a quadrilha.
“Ao comprar um documento que não segue os trâmites legais, essas pessoas acabam sendo vítimas de estelionato, já que estão sendo enganadas e lesadas financeiramente. O que nós queremos agora é que essas vítimas se apresentem e nos ajudem a ampliar a investigação e responsabilizar todos os envolvidos”, afirmou o delegado.