O cliente que foi flagrado por câmeras de segurança agredindo uma massagista após contratar a prestadora de serviço no bairro Santa Mônica, em Uberlândia, é apontado como o agressor de três garotas de programa em Patos de Minas.
Uma das vítimas procurou o Paranaíba Mais e reconheceu o suspeito após o caso ser divulgado pela imprensa. Um boletim de ocorrência foi registrado na época e a mulher, que preferiu não ter a identidade exposta, cobra investigação criminal por parte da Polícia Civil.
O crime ocorreu no dia 8 de agosto em um hostel do bairro Lagoa Grande. O jovem, de 22 anos, se apresentou como cliente em um primeiro momento. Ao tentar efetuar o pagamento para uma das acompanhantes, via PIX e também no cartão, ele começou a ficar agressivo, sacou uma arma, possivelmente falsa, e obrigou as vítimas a se ajoelharem.
Em seguida, disse que era policial e alegou estar investigando denúncias de tráfico de drogas no local. As vítimas relatam que, durante todo o tempo ele ameaçava e fazia tortura psicológica com as vítimas.
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“Eu não quero o meu nome exposto porque a gente sabe que ele é capaz de voltar e matar a gente. Ele não está nem aí. Eu não sei o que passa na cabeça desse homem. Ele acha que só porque é garota de programa, acompanhante, pode agredir e ameaçar”, relatou uma das mulheres.
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Após ser confrontado pela proprietária do imóvel e as hóspedes, o homem fugiu e foi identificado como sendo um morador de Lagoa Formosa.
As três garotas de programa imediatamente procuraram a Polícia Militar (PM), que tentou rastrear o criminoso, mas não o localizou.
Nem sempre garotas de programa, mas sempre mulheres
O ataque contra a vítima de 30 anos, em Uberlândia, foi no dia 7 de outubro após ele agendar um encontro para a sessão de massagem. O homem agrediu a mulher, puxando os cabelos e tapando a boca, conforme registrado por câmeras de segurança do local.
Ele também estava armado e, embora não tenha se passado por policial, disfarçou a identidade usando peruca e boné.
A massagista se recusou a conversar com a imprensa após o caso vir à tona. Além de sentir medo, ela alegou que teria sido informada pela polícia que o suspeito tinha envolvimento em outras ocorrências semelhantes. Veja as imagens:
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A moradora de Patos de Minas relatou à reportagem que acredita que o agressor tenha um perfil de vítimas, sendo todas mulheres e, geralmente, após o suspeito se passar por cliente delas. Após o caso de Uberlândia, ela ficou ainda mais assustada e com medo de o homem voltar ao hostel.
“Na minha opinião, ele já tem esse perfil. Eu acho que ele já vem fazendo isso há algum tempo, mas as meninas [garotas de programa] se calam por medo. Não é porque foi aqui, com a acompanhante, que foi em Uberlândia com a massagista. Ele vai parar quando matar uma. Porque ele entra agressivo e fala que é da polícia com a arma apontada”, finalizou a vítima.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que há um inquérito instaurado para investigar os fatos relacionados ao envolvido. No entanto, não foram repassados detalhes sobre as investigações e nem qual delegacia mineira conduz a apuração.
“A PCMG esclarece que, em momento oportuno, outras informações poderão ser divulgadas”, diz em nota.