Dia Internacional do Chef de Cozinha: celebrando a arte e a dedicação na gastronomia

Em comemoração a data, profissionais destacam a paixão e os desafios da culinária, sobre transformar ingredientes em experiências memoráveis para os clientes

20/10/2024 ÀS 15H22
- Atualizado Há 5 horas atrás

Neste sábado (20), celebra-se o Dia Internacional do Chef de Cozinha em todo o mundo, uma data dedicada a reconhecer o talento, a criatividade e a dedicação desses profissionais que transformam ingredientes simples em verdadeiras obras de arte culinária.

A data foi instituída pela World Association of Chefs’ Societies (Worldchefs) e é comemorada globalmente para homenagear aqueles que dedicam suas vidas à gastronomia, atuando em restaurantes, hotéis ou eventos culinários.

O chef de cozinha não é apenas responsável pela preparação dos pratos, mas também por liderar equipes, inovar cardápios e, muitas vezes, redefinir tradições culinárias. A profissão exige o domínio de técnicas que vão muito além do simples ato de cozinhar.

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A satisfação em servir o cliente

Em Uberlândia, Rafael Azambuja, chef de cozinha profissional, atua em eventos, cursos e restaurantes locais, demonstrando que a cidade também tem destaque no cenário gastronômico. Ele expressa sua paixão pela gastronomia em cada prato que prepara.

Embora não seja sua única área de atuação que tem conhecimento, o interesse pela culinária o levou a buscar conhecimento e crescimento na profissão desde 2022.

Dia Internacional do Chef de Cozinha
Profissionais contam um sobre a rotina, em celebração ao Dia Internacional do Chef de Cozinha – Crédito: Rafael Azambuja/Arquivo

“O que me levou a querer evoluir e crescer na profissão é a questão de servir. Ver no rosto dos clientes, enquanto estão comendo o que preparamos, o sorriso e a expressão de satisfação, mostrando o quanto estão gostando. Isso é o mais gratificante”, diz Rafael Azambuja.

Apesar dos pratos de churrasco, charcutaria e afins, que são de dar água na boca, ele também tem uma paixão por massas folhadas e seus derivados. Quando seus preparos são comparados à culinária francesa, ele se sente extremamente realizado.

“O que mais me deixou feliz foi quando clientes que vieram da França disseram: ‘Nossa, Rafael, seu croissant é tão bom quanto, ou até melhor do que os que comemos na França’. Isso, para mim, é muito gratificante. Trabalhamos, elaboramos uma receita, fazemos ajustes, e quando isso é aprovado pelas pessoas, é uma sensação maravilhosa”, conta.

Crédito: chef_azambuja/ Instagram/ Reprodução

Transmito os meus sentimentos por meio dos pratos

Rozana Caolli, nascida em Uberlândia e criada em Uberaba, tem uma paixão e convicção pela profissão que a levaram a conquistar, além de seu sustento diário, a realização pessoal e profissional.

Crédito: rozanacaolli/ Instagram/ Reprodução

Apesar dos desafios relacionados ao investimento e à dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, Caolli tem superado esses obstáculos com profissionalização e preparo.

“Não é simples, é um processo complexo criar um prato. Leva tempo, tentativas de acertos e erros. Mas me sinto gratificada quando consigo transmitir o que quero, e o cliente realmente entende após experimentar um prato que criei”, afirma.

Ela também destaca a evolução do mercado: “O mercado está cada vez mais exigente, e precisamos de menus que atendam às novas demandas, como opções vegetarianas e veganas”.

Crédito: rozanacaolli/ caolligastronomia/ Instagram/ Reprodução

Sobre incentivar novas gerações de chefs, ela afirma: “É necessário foco e entender que desistir não é uma opção. As batalhas são diárias, mas a cozinha traz recompensas para quem tem paixão – ainda mais quando você consegue fazer disso o seu sustento.”

A chef é um exemplo dessa luta árdua pelo crescimento na profissão. Em 2023, foi reconhecida nacionalmente ao realizar uma participação em um programa culinário na TV, de visibilidade nacional e internacional, destacando-se e sendo selecionada entre 40.000 inscritos.

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As experiências além da profissão

O sul-mato-grossense Daniel Pereira, residente em Uberlândia, também teve destaque no mesmo programa que Rozana, em outra edição. Mas ele conta que o envolvimento com a gastronomia e a culinária são bem anteriores a isso. Ele descobriu sua paixão pela gastronomia aos 18 anos, enquanto morava na Nova Zelândia. Foi lá que, por acaso, conheceu um chef holandês que se tornou uma grande referência profissional e fonte de inspiração.

“Lembro até hoje o dia em que decidi que seria chef. Estava estagiando na cozinha desse chef, e foi um dia majestoso. A suavidade e o fluxo no trabalho dos cozinheiros foi algo que ficou marcado e também foi algo que procurei e só encontrei agora, no meu próprio restaurante, anos depois”, relembra Daniel.

Crédito: chefdanielbarbosa/ didia_forneria/ Instagam/ Reprodução

Além da satisfação em criar pratos que combinam o simples com o agradável, Daniel Pereira compartilha uma visão enriquecedora sobre as oportunidades que o mundo culinário oferece àqueles que se dedicam de corpo e alma.

“Uma das coisas mais incríveis que a gastronomia me proporcionou foi trabalhar em um cruzeiro. Ali, você trabalha no limite do que é possível fazer. Mas olhar pela janela e ver o céu claro da Noruega, aos 22 anos, foi uma experiência surreal. É algo único que a profissão me proporcionou, além de conhecer grandes nomes reconhecidos mundialmente. O acesso que a gastronomia te dá é muito interessante, são experiências únicas”, relata Daniel.

Quanto aos desafios, ele brinca sobre a pressão constante e a exigência da profissão, mas, com humor, admite: “O maior preço que pagamos é perder a vontade de comer, já que experimentamos tudo o que preparamos.”

Dia Internacional do Chef de Cozinha – Crédito: chefdanielbarbosa/ didia_forneria/ Instagam/ Reprodução

Ao concluir, o chef também destaca que uma das experiências mais gratificantes é perceber que o prato e o ambiente “conversam” e que o cliente teve sua satisfação atendida.

“Gosto muito de ver a alegria dos meus clientes e saber que eles saíram satisfeitos. Não há nada pior do que gastar em algo que não valeu a pena, e eu valorizo muito esse aspecto justo da gastronomia: ver que o cliente ficou satisfeito”, explica.

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