Samuel Phelype, de 25 anos, o jovem desaparecido de Uberlândia desde o dia 28 de setembro, foi encontrado pela família. Após dias, Samuel retornou para casa no último domingo (13). O desaparecimento do jovem gerou preocupação e a volta representa um desfecho para essa situação.
Em entrevista ao Paranaíba Mais, o jovem contou sobre o que aconteceu durante as quase três semanas em que esteve desaparecido.
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Por onde estava o jovem desaparecido?
Segundo Samuel, no dia 28, ele passou por um pico de estresse devido a problemas pessoais. Buscando espairecer a cabeça, foi ao antigo serviço, já que, à época, não estava em um dia de trabalho. “Fui lá para poder desestressar, trabalhar, para ver se eu tirava a minha cabeça do lugar”.
No entanto, ainda se sentia estressado. Foi então que, enquanto mantinha contato com um conhecido pelo celular, recebeu uma ligação de pessoas que integravam um grupo de ajuda para pessoas com problemas semelhantes.
Após o diálogo, o jovem teria pegado o carro do antigo patrão e se dirigido para a Cachoeira Bom Jardim, onde se encontraria com membros do grupo que alegaram que o ajudariam. Porém, segundo ele, teria sido raptado. “Me deram alguma coisa para beber e, depois disso, eu não lembro de mais nada”, disse.
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Conforme as recordações de Samuel, ele teria sido levado para São Paulo (SP), onde o grupo o mantinha preso em um quarto de uma residência, além de estarem de posse de seus pertences pessoais. Por isso, ele não conseguia contactar os familiares, e mensagens teriam sido enviadas sem seu consentimento. “Eles tiveram todo o acesso ao meu celular”.
Arrependido por gerar preocupação aos familiares, o jovem teria pedido para ser liberado e retornar à família. No entanto, o grupo o “puniria”, marcando-o “a ferro”. A situação teria fugido do controle.
Ainda segundo o jovem, em um momento de descuido, ele conseguiu se libertar, procurar ajuda e fazer contato com os familiares através de um celular antigo que estava no local, pedindo apoio para retornar à cidade.
“Consegui sair e pegar um telefone. Os únicos números que eu lembrava eram desse amigo meu, da minha tia, da minha ex-esposa e da minha mãe. Eu tentei contato com todos, até que consegui falar com a minha mãe”, concluiu.
O Paranaíba Mais entrou em contato com a Polícia Civil (PC) para verificar o andamento da investigação sobre o desaparecimento do jovem e se o suposto grupo será investigado, e aguarda retorno.
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Mensagem e grupo desconhecido
Exatamente à meia-noite de segunda-feira (30), mensagens foram enviadas para familiares e amigos de Samuel, indicando que algo grave teria acontecido com ele. As mensagens diziam: “Toda história tem início, meio e fim, e chegamos ao fim da história de um homem que lutou por sua família, esposa e amigos…”.
Segundo as mensagens, cuja veracidade a família questiona, o jovem desaparecido de Uberlândia teria sido conhecido pelo grupo em 2018, quando passou por uma decepção amorosa. “Por desespero, acabou conhecendo nosso grupo, onde ajudou muitas pessoas, ouvia a todos e tentava ajudar o máximo de pessoas possíveis todos os dias, mesmo com seus próprios problemas…”
Desde então, ainda conforme as mensagens enviadas à família, Samuel mantinha contato com os integrantes do suposto grupo, que alegou estar em posse do corpo do jovem, assim como de seu celular.
Relembro o caso do jovem desaparecido de Uberlândia
• Samuel Phelype desapareceu no dia 28 de setembro, após sair de casa, no bairro Luizote de Freitas, onde morava com os avós e a mãe. Ele teria pegado o carro de seu ex-patrão e desaparecido sem deixar rastros.
• No dia seguinte (29), o veículo foi encontrado abandonado na rodoviária de Uberlândia. Logo, a família obteve informações por meio de publicações nas redes sociais de que o jovem teria abandonado o veículo e seguiria para as proximidades da Cachoeira do Bom Jardim;
• Na madrugada de segunda-feira (30), mensagens enviadas pelo WhatsApp do jovem para a família indicavam um caso de autoextermínio, incentivado por um grupo. Mesmo tentando obter informações, os autores das mensagens se negaram a colaborar;
• A família registrou o boletim de ocorrência do desaparecimento e encaminhou o caso para a Polícia Civil, que investiga o caso.
