Gentileza, respeito, decência e empatia

Parece lição de jardim de infância, mas são preceitos pregados em centros de formação executiva

14/10/2024 ÀS 20H47

- Atualizado Há 2 dias atrás

Duas das maiores escolas corporativas da América Latina estão focadas em disseminar entre seus alunos a importância de regras básicas de convivência, geralmente aprendidas dentro de casa, ainda na formação infantil, para uso no dia a dia das empresas, na relação com o outro, seja ele um cliente, um fornecedor, um par da organização, seu líder ou liderado. O tratamento dispensado a alguém pesa na percepção de valores que o mercado faz dos executivos em atividade, tanto interna quanto externamente.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Dom Cabral (FDC) têm batido forte nos conteúdos programáticos estimulando o corpo docente a pregar isso em sala de aula. Não cabe mais a figura de um gestor que não age com o outro enxergando ali um ser humano. Não significa excesso de complacência, mas o entendimento de que há limites para cobranças e é importantíssimo respeitar a palavra muito além do papel.

Então é bem provável que um mestrado ou um MBA de gestão em que você se inscreva contemple conteúdos de liderança, ética, relacionamento nos negócios, mediação de conflitos. E com discussões de professores que nos ensinam, por exemplo, que Transformação Digital diz muito mais sobre Pessoas do que Tecnologia.

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Sai na frente e ganha destaque o profissional que, autenticamente, assume uma postura humanista, com domínio do tema que gere. Um engenheiro que se dedica a exatas, trabalha com matemática pura, enxerga números como verdades absolutas, para o qual 2 + 2 terá sempre uma única resposta. Mas que tem prazer em conversar sobre qualquer assunto que seja acessível ao outro, que fale português, e não somente engenheirês.  Parece óbvio, mas faz uma diferença!!!

Crédito: Freepik

Em geral, o problema nas organizações está na comunicação. Ou porque as pessoas não conversam, ou porque não fazem questão de interagir, ou simplesmente porque deduzem que o que foi dito foi compreendido. Será? Nem sempre.

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Negócio não se resume a comprar e vender. É relacionamento. Muito mais que chegar a um preço conveniente a ambas as partes, é importante saber que há uma família em torno daquela pessoa que está interagindo com você. Que ele torce por um time do coração desde pequeno, que gosta de pescar, que viaja pra serra ou pro litoral nas férias, que sonha em conhecer um país ou continente diferente, que ali, negociando com você, tem gente. Com sentimentos, desejos, vontades, ambições, tal qual você.

É sim uma questão de gentileza, uma prova de respeito, um trabalho de decência e um exercício constante de empatia, de fazer com o outro aquilo que você sente prazer que façam também com você. Porque no fim das contas, a vida é só um repeteco do que se aprende desde pequeno, na barra da saia da mãe, copiando boas maneiras e praticando para o resto de nossos dias.

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