As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
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As necessidades e os problemas que afligem a segunda maior cidade de Minas Gerais: Uberlândia
As últimas 24 horas em Uberlândia trouxeram à tona um sentimento angustiante já vivido com ataques a ônibus de Uberlândia. Quatro veículos da frota do transporte público foram incendiados e um quinto ônibus atacado a pedradas entre a manhã de domingo e a madrugada desta segunda-feira (14).
Em 2018, uma onda de ataques a ônibus do transporte urbano da cidade mobilizou as forças de segurança e deixou os usuários do serviço apreensivos. Foram mais de 15 veículos queimados ou danificados em um intervalo de três meses.
A primeira onda de dano ao patrimônio foi entre abril e maio de 2018. Os ataques ao transporte público ocorreram contra uma estação de ônibus e 11 ônibus, sendo nove deles incendiados.
A segunda foi em junho do mesmo ano. Pelo menos cinco ônibus foram alvos de vandalismo, sendo três veículos incendiados pelos criminosos. Em Patos de Minas e Uberaba também houve incêndios a ônibus.
Naquele ano, os atos foram arquitetados por facções criminosas do País em represália ao tratamento nas unidades prisionais mineiras. Os integrantes dessas facções, presos nos presídios do estado, estariam insatisfeitos com as condições do sistema prisional.
O governador na época, Fernando Pimentel, chegou a se pronunciar informando que os responsáveis pelos ataques em cidades mineiras foram identificados e que justificou que o Estado pagava o preço por ter um sistema prisional mais rigoroso.
Uma investigação conjunta, com o apoio do Gaeco, denunciou e prendeu dezenas de suspeitos em Minas acusados de participar dos ataques a ônibus em Uberlândia e no resto do estado. Eles chegaram a ser condenados pela Justiça.
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Ainda é muito cedo para especular o que tem motivado os incêndios atuais. No incêndio do terminal Santa Luzia, inicialmente, teriam sido descartados os indícios de crime. Mas diante ao cenário que enfrentamos e ao histórico que temos, deve ser complicado descartar qualquer linha de investigação neste momento.
No presídio e na penitenciária da cidade, já me informei que não há nenhuma anormalidade ou conduta incomum nas últimas horas que pudesse eventualmente justificar uma nova onda de ataques a ônibus de Uberlândia.
Eu também procurei informações junto ao governo de Minas e à gestão municipal para tentar sanar algumas dúvidas e saber se haverá mudanças na logística e na segurança do transporte público.
O governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), respondeu que, até o momento, não é possível afirmar qualquer relação das ocorrências com o sistema prisional. As investigações criminais já estão sendo conduzidas pela Polícia Civil.
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) expressou repúdio aos ataques ao transporte público e disse estar em contato com a Polícia Militar para garantir a segurança de usuários e funcionários do transporte coletivo em Uberlândia. Além disso, informou que está trabalhando com as concessionárias para repor imediatamente os ônibus danificados, evitando prejuízos nas linhas operacionais.
A Polícia Militar enviou uma “nota preliminar” à imprensa informando que foram registrados três boletins de ocorrência relacionados a incêndios contra ônibus coletivos em Uberlândia nas últimas horas.
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A PM garantiu que intensificou o patrulhamento na cidade e segue trabalhando para auxiliar na identificação dos autores.
Esperamos que a resposta seja rápida, porque os passageiros e funcionários do transporte são os mais prejudicados com os recentes crimes, que revisitam um passado, não muito distante, marcado pela onda de violência semelhante. Sem considerar o dano ao patrimônio com um custo milionário em razão da perda dos veículos.
