Com o Dia das Crianças neste sábado (12), uma onda de nostalgia volta aos corações de muitos adultos – pais, tios, avós e irmãos, que um dia também foram crianças. Mais do que apenas uma data para celebrar a infância, o dia desperta memórias de momentos especiais, especialmente quando o assunto envolve doces que marcaram época.
O Paranaíba Mais conversou com pessoas que compartilharam os sabores que definiram seus primeiros anos de vida.
Balinha soft
Marcada na memória, a famosa “balinha lisa” ainda é lembrada por Marisa Cunha, de 58 anos. Tradicionalmente vendida e bem conhecida nos anos 80, fez grande sucesso pelos sabores variados e cores vibrantes.
“Era uma delícia, ainda me lembro, eram super lisas, tanto que a gente tinha que tomar cuidado para não engasgar. Não sei que fim teve, mas nunca mais vi”, conta Marisa.
‘Bolinhas de futebol de chocolate’
Fácil de ser encontrada e difícil de não ter sido experimentada ao menos uma vez, as famosas “bolinhas de futebol de chocolate” ainda podem ser lembradas por muitos. Eram pequenas e vendidas em mercearias.
“Hoje em dia, quando lembro, só sinto o gosto da manteiga. Mas ainda me recordo, na época o gosto era um pouco melhor. Eu nem sei o nome direito, só chamava de bolinhas de chocolate e de futebol”, diz Guilherme Machado, de 29 anos.
Veja também:
• Dia das Crianças: cinco brinquedos clássicos para diversão sem telas
• Mini Chefs: receitas para pais e filhos cozinharem juntos
Algodão-doce
Alguns doces continuam a existir, embora mais gourmetizados e industrializados. Porém, o que fica na memória de Angela Beatriz, de 28 anos, é o algodão-doce vendido por um ambulante na praça Abel Ferreira, em sua cidade, Coromandel.
“Eu costumava ir passear com meu pai na praça todo fim de semana, e quando o sol começava a baixar, chegava um senhorzinho com a máquina de algodão-doce. Meu pai sempre comprava pra mim. Lembro dele girando aquele ‘negócio’ e formando os fios rosa no palito. Fazia uma lambuzeira, mas era uma tradição nossa”, conta Angela, rindo.
‘Guarana-maça’
Aline França, de 41 anos, não se recorda de doces, mas sim de uma bebida que marcou sua infância: o famoso guaraná-maçã.
“Lá em casa, a gente bebia bastante guaraná-maçã. Ele vinha naquelas garrafas de vidro, iguais às de cerveja. Quando penso na minha infância, lembro muito desses almoços de fim de semana em família, sempre com guaraná na mesa”, relembra Aline.
‘Balinha de cocô’
Outro doce que faz parte das memórias de Ana Luisa, de 27 anos, é a balinha de coco, ainda popular em festas de aniversário infantis. Para ela, esse doce sempre esteve presente nas festinhas da infância.
“Era um docinho que sempre tinha uma mesa cheia, junto com outros doces. Não tinha como não pegar pelo menos uma. O gosto é bem docinho e derrete na boca. Na verdade, até hoje, quando vou a um aniversário, ainda pego uma ou outra”, comenta Ana Luisa dando risada.
Seja uma balinha soft, o algodão-doce feito na hora ou o guaraná em almoços de domingo, esses doces e bebidas continuam a habitar o imaginário de várias gerações, trazendo memórias de uma época em que tudo parecia mais simples.
Acompanhe as últimas notícias de Uberlândia
Hoje, muitos desses ainda podem ser encontrados, outros já não, mas talvez o que mais faça falta seja o sentimento que os acompanhava – a sensação de comer um doce, o tempo em família ou os momentos que deixam marcas para a vida toda.
O sabor da infância não se apaga com o tempo, mas é resgatado principalmente sempre que se comemora o dia das Crianças, a cada nova geração.
