Catupiry, carne com queijo, chocolate e até mesmo “de vento”. Tradicional ou “diferentão”, sabores não faltam para celebrar o Dia Nacional do Pastel, comemorado nesta sexta-feira, 4 de outubro.
A receita é um dos quitutes mais consumidos no Brasil, servindo como lanche, acompanhamento ou até mesmo prato principal. Pode ser apreciado frito ou assado, com recheios doces ou salgados.
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Uma mistura cultural
A história dessa iguaria parte de duas especialidades asiáticas: o rolinho primavera chinês e o guioza japonês.
Com a chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, houve uma adaptação dessas receitas para atender o paladar brasileiro na hora das vendas.
A versão original, com massa folhada e recheio vegetal, foi adaptada para uma massa simples e com recheios de carne moída, tornando-se rapidamente popular.
Logo, a versão brasileiro é uma comida que se adaptou à cultura brasileira, com uma grande gama de variação de sabores. Atualmente, é uma especialidade genuinamente brasileira, acessível e prático de preparar.
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Pastel na mesa, satisfação do cliente
O sucesso do quitue não é diferente em Uberlândia, onde negócios como a Pastelaria do Geraldo se tornaram referência. Fundada em 1964, surgiu pelas mãos do sapateiro Geraldo e hoje é administrada por sua família, produzindo cerca de 2.000 pastéis por dia.
“Nossa receita é desde 1964. O senhor Geraldo foi pioneiro na cidade de Uberlândia. Ele faleceu no ano passado, mas o filho continua sua história”, conta Elaine Moreira, uma das atuais administradoras.
O negócio ao longo dos anos foi se adaptando aos gostos, aderindo os modelos de negócios online e de distribuição. No entanto, conforme os donos, apesar de um cardápio com cerca de 60 opções, a preferência de muitos brasileiros parte das receitas tradicionais no dia a dia.
“Houve demanda para sabores diferentes e formato de vendas para o delivery. Mas, o pastel misto e o de queijo são os campeões de vendas, seguido do de chocolate”, contou Elaine.
O segredo de uma receita que trouxe sucesso e se manteve na lista de opções dos uberlandenses? A massa artesanal, com apenas com 4 ingredientes: água, sal e farinha e óleo.
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As quartas comemos pastel!
Um dos apaixonados pelo pastel é André Cantarino, Coordenador Comercial, que lembra com carinho dos tempos de infância, quando ia à feira com a mãe.
“Quando era criança, adorava ir à feira com a minha mãe para comer pastel, mas nem sempre podíamos”, conta ele.
Hoje já adulto, André faz questão de manter o costume de comer seu pastel favorito toda semana. O pedido? Um misto com catupiry e bacon.
“Toda quarta-feira tem uma feirinha aqui no meu condomínio, e o pastel é muito bom, bem recheado”, diz ele. Para André, não é apenas um hábito, mas também uma forma de reviver momentos do passado.
E ele não está sozinho. Muita gente em Uberlândia valoriza o pastel, seja nas pastelarias, nas tradicionais feiras de manhã, ou nos pedidos que chegam diretamente em casa.
O que conquista são o sabor e as lembranças por trás de uma receita que acompanha o brasileiro há gerações. Comer pastel é uma tradição que vai além da comida.