Uma paciente deu entrada no Hospital de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina, com sintomas de Mpox, na última quinta-feira (26). O Estado do Piauí já registrou 34 casos desde a descoberta da doença no Brasil, em 2022. O diagnóstico dessa ainda não foi confirmado.
O que é a Mpox?
A mpox é uma doença viral provocada pelo mpox vírus (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. A doença se espalha através do contato com lesões de pele de pessoas infectadas. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
O período de incubação da mpox, ou seja, o intervalo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas, geralmente varia de 3 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias. Uma vez que os sintomas, como as erupções cutâneas, se manifestam, o indivíduo deixa de ser contagioso após o desaparecimento das crostas. As erupções costumam surgir de um a três dias após o início da febre, embora possam, em algumas situações, aparecer antes da febre.
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As lesões podem ser planas ou ligeiramente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e podem evoluir para crostas que secam e caem. A quantidade de lesões pode variar amplamente, desde algumas poucas até milhares. Embora as erupções tendam a se concentrar no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, elas podem aparecer em qualquer área do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.
Transmissão da Mpox
A principal via de transmissão da mpox é o contato direto entre pessoas, envolvendo pele e secreções, além da exposição próxima e prolongada a gotículas e outras secreções respiratórias. Isso acontece, especialmente, através do contato com as erupções e lesões cutâneas, bem como com fluidos corporais (como pus e sangue provenientes das lesões) de um indivíduo infectado. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser fontes de infecção, permitindo que o vírus seja transmitido pela saliva.
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Além disso, a infecção pode ocorrer ao entrar em contato com objetos que foram recentemente contaminados, como roupas, toalhas, lençóis ou utensílios e pratos que tiveram contato com o vírus através de uma pessoa doente. A transmissão por gotículas geralmente exige um contato próximo e prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, colocando trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos em um grupo de maior risco de infecção.
Mpox no Brasil
Em 2022, quando a doença chegou ao Brasil, foram registrados mais de 10 mil casos, já esse ano entre janeiro e setembro já foram diagnosticados 1.100 casos, superando 2023. Até agora os municípios com mais registros são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Salvador.