Taxa Selic tem alta e economistas projetam índice para 11,25% em 2025

Taxa básica de juros teve alta de 0,25 ponto percentual após reunião de agentes do Copom

19/09/2024 ÀS 11H27
- Atualizado Há 9 horas atrás

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano após reunião finalizada nesta quarta-feira (18).

A alta de 0,25 ponto percentual foi motivada pelas pressões no mercado de trabalho e a elevação das projeções de inflação, demandando, segundo o Comitê, uma política monetária mais contracionista. O reajuste na taxa foi decidido por unanimidade.

Selic Banco Central
Reunião do Copom definiu taxa básica de juros em 10,75% ao ano nesta quarta (18) – Foto: TV Paranaíba/Reprodução

As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus, no início da semana, encontram-se em torno de 4,4% e 4,0%, respectivamente.

O levantamento divulgado semanalmente pelo Banco Central sobre a previsão dos principais indicadores econômicos projetou, ainda, que a taxa Selic para o próximo ano deve ficar em 11,25%.

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O que é a taxa Selic?

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, uma infraestrutura federal onde são depositados e transacionados títulos públicos federais.

Isso significa que a taxa Selic se trata de um indicador econômico usado como base para as operações que envolvam títulos públicos federais.

Por ela ser uma taxa básica da economia, e a menor para incidência de juros, a partir dela podem ser criadas outras taxas de juros praticadas pelas empresas e, especialmente, instituições financeiras durante as operações de crédito.

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Entre os principais impactos do indicador na economia podemos destacar:

  • Empréstimos e financiamentos: quando a Selic sobe, o custo das operações de crédito tende a subir também, desestimulando o consumo e o endividamento. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito fica mais barato para impulsionar o consumo e a adesão aos empréstimos financeiros.
  • Investimentos: a taxa também afeta diretamente o retorno de investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Isso porque quando a taxa está alta, esses investimentos oferecem melhores retornos aos investimentos.
  • Inflação: esse, sem dúvidas, é o impacto mais direto na economia e para o bolso do consumidor. Uma das principais razões para o ajuste da Selic é controlar a inflação. Se os preços dos produtos estão em alta, a Selic pode ser elevada para encarecer o crédito e diminuir a demanda, para conter o aumento dos preços. Com a inflação controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular mais a economia.

 

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