Se tem um assunto que divide opiniões e voltou a ser polêmico no Brasil, sem dúvidas, é o horário de verão. Apesar das divergências, mais da metade da população se diz adepta ao retorno do horário especial, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (18).
O levantamento feito pelo Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou que 54,9% dos consumidores são favoráveis à mudança.
Deste percentual, 41,8% disseram que são totalmente favoráveis ao adiantamento dos relógios e 13,1% parcialmente de acordo com o horário de verão.
Para 16,9% dos brasileiros a mudança é indiferente, enquanto outros 25,8% se mostraram totalmente contrários.
As regiões onde a mudança é melhor aceita englobam os municípios onde o horário de verão já era historicamente adotado: sul e sudeste do Brasil. No sul, 60,6% querem os relógios adiantados e no sudeste 56,1%.
Abrasel defende horário de verão
Nesta semana, a Abrasel se manifestou favorável ao adiantamento dos relógios por causa dos impactos que ele tem sobre o setor sob os aspectos econômicos.
O estudo revelou que 43,7% das pessoas se sentem mais dispostas a sair de casa e socializar durante o horário de verão, contra apenas 20,5% que se dizem menos dispostas.
Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, pode haver um impacto de 15% no faturamento de bares e restaurantes. Mas, além da percepção de aumento no movimento, as despesas com energia elétrica tendem a diminuir.
“A implementação do horário de verão maximiza o uso da luz natural, prolongando as horas de sol ao final do dia, o que incentiva atividades econômicas e sociais durante esse período. Além disso, contribui para a redução do consumo de energia, o que é particularmente importante neste momento de aumento das tarifas”, opinou.
Bandeira vermelha
No início do mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o acionamento da bandeira vermelha, cobrando R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora de energia consumidos.
Isso quer dizer que o consumidor pode pagar mais caro na conta de energia caso não reduza o consumo enquanto a bandeira fica vigente.
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Antes foi comunicado o acionamento na Bandeira Vermelha de patamar 2, com acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh.
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Após correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS), a Aneel alterou o cálculo dos dados e indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1.
Mesmo com a redução, o setor de bares indica que os valores afetam diretamente os custos operacionais de diversos negócios, com impacto significativo no comércio de alimentos.