A Rede Alyne, novo programa do Governo Federal, tem o objetivo de garantir cuidado integral à gestante para reduzir a mortalidade materna e de bebês.
O programa busca reverter o desmonte da Rede Cegonha, lançada em 2011, na rede pública de saúde.
As medidas têm como meta reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027.
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A mortalidade materna é um indicador crítico que reflete a qualidade da assistência e o acesso aos serviços de saúde.
O número de mortes maternas subiu para 3.030 em 2021, durante a pandemia de Covid-19, o que representa um crescimento de 74% em relação a 2014, quando foram registradas 1.739 mortes, conforme dados da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS).
Em Minas Gerais, o aumento foi de 74%, com a quantidade de óbitos passando de 131 em 2014 para 229 em 2021.
O novo modelo homenageia Alyne Pimentel, que morreu grávida de seis meses por desassistência no município de Belford Roxo (RJ) em 2002.
O Brasil é o primeiro caso no mundo de uma condenação em corte internacional por morte materna evitável, reconhecida como violação dos direitos humanos das mulheres a uma maternidade segura.
Rede Alyne: conheça o programa de redução da mortalidade materna
Entre as medidas da Rede Alyne está a necessidade de um plano integrado entre a maternidade e a Saúde da Família, além da ampliação do Complexo Regulatório do SUS com equipe especializada em obstetrícia.
Novos exames serão incorporados à rede, e o pré-natal passará a incluir testes rápidos para HTLV, hepatite B e hepatite C.
A expansão do orçamento também alcança a atenção de média e alta complexidade para a estruturação de equipes especializadas em atendimento materno e infantil, com cobertura 24 horas, 7 dias por semana, no Complexo Regulador do SUS.
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A Rede Alyne traz um novo financiamento, para o fim da peregrinação, com custeio mensal de ambulâncias destinadas à transferência de gestantes e recém-nascidos graves.
Por meio do Novo PAC Saúde, também serão construídas 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal, com prioridade para as regiões com piores índices de mortalidade materna.
Haverá incentivo também ao aleitamento materno e no uso do método Canguru.
Para integrar os dados das gestantes, está previsto, ainda em 2024, o lançamento de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante por meio do aplicativo “Meu SUS Digital”.