Câmeras de segurança flagraram o momento em que um cachorro é atropelado por um motorista que fugiu do local sem prestar socorro, em Ituiutaba. O animal brincava com outro cão na rua quando foi atingido pelo carro. Infelizmente, o animal morreu momentos depois.
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Através da colaboração da comunidade, a polícia conseguiu identificar o motorista responsável pelo crime. Segundo informações preliminares, o suspeito já possui passagens pela polícia por tráfico de drogas. Além disso, foi identificado o endereço completo do investigado, que, até o momento, se encontra foragido e se recusou a se apresentar voluntariamente às autoridades.
O delegado Rafael Faria, responsável pela investigação, informou à Tv Paranaíba que, como o suspeito não foi preso em flagrante, foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos e realizar as oitivas necessárias. A expectativa é que, na próxima semana, o motorista seja intimado a prestar depoimento.
Com a identificação do motorista e a apreensão do veículo utilizado no crime, a Polícia Civil segue com as investigações.
O carro, levado ao pátio policial, passou por modificações antes de ser encontrado, como a remoção de adesivos e outros sinais característicos, indicando, segundo o delegado Rafael Faria, a intenção do autor em dificultar a sua identificação.
Para o delegado, essas ações reforçam a má-fé do motorista.
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O caso ganhou repercussão após o delegado Rafael Faria, ao tomar conhecimento do vídeo nas redes sociais em que o cachorro é atropelado, solicitar informações adicionais sobre o local e o horário do atropelamento.
“O comportamento do motorista demonstra dolo, principalmente após a remoção dos sinais que identificavam o veículo. O animal morreu minutos após o acidente, o que agrava ainda mais o crime”, comentou o delegado.
Cachorro é atropelado: o que diz a defesa do autor
Os advogados de defesa do suspeito já entraram em contato com a delegacia e se colocaram à disposição para acompanhar o depoimento, agendado para a próxima segunda-feira (16) pela manhã.
No entanto, como o suspeito não foi preso em flagrante, ainda há a possibilidade de um pedido de prisão preventiva, caso ele não colabore com a investigação ou cometa novos crimes.
Como a lei age nesses casos
A Lei 14.064/2020, que trata de crimes de maus-tratos contra cães e gatos, prevê penas que variam de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e a proibição de guarda de animais.
Como o atropelamento resultou na morte do cachorro, a pena pode ser aumentada em até um terço.
Caso o motorista não se apresente ou continue a praticar crimes, a polícia não descarta solicitar sua prisão preventiva.