O aumento do nível do mar é impulsionado por diversos fatores, todos relacionados ao aquecimento global. Em primeiro lugar, o aumento da temperatura do mar faz com que a água se expanda, fenômeno conhecido como “dilatação térmica”.
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Além disso, o derretimento de geleiras e calotas polares na Groenlândia e na Antártica tem liberado grandes quantidades de água doce no oceano. A diminuição do volume de água armazenada em lençóis subterrâneos e reservatórios superficiais também contribui para o problema.
Desde 1850, o nível do mar subiu aproximadamente 20 centímetros em todo mundo. Porém, os números não param de crescer, com uma elevação de 3 mm por ano desde o início dos anos 2000.
Um dos estudos mais recentes, realizado pela NASA, mostrou que entre 2022 e 2023 o nível médio do mar subiu 0,76 cm, um aumento quase quatro vezes maior em relação ao ano anterior.
O impacto do aumento do nível do mar no Brasil e no mundo
O Brasil está vulnerável ao aumento do nível do mar. Capitais como São Luís, Aracaju, João Pessoa, Natal e Maceió também estão entre as mais ameaçadas.
Segundo a projeção da Climate Central, em caso de um avanço de até 10 metros no nível do mar, essas cidades poderiam sofrer inundações severas, impactando milhões de pessoas.
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Infraestrutura verde: aliada das cidades no combate à crise climática
No mundo, cerca de 800 milhões de pessoas podem ser atingidas pelas inundações nas próximas décadas. Cidades como Mumbai, Nova York e Xangai também estão em risco, o que pode provocar deslocamentos em massa e perdas econômicas.
O que pode acontecer com o planeta?
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estima que, até o final deste século, o nível do mar pode subir até 80 cm.
Caso o derretimento das grandes camadas de gelo da Groenlândia e Antártica continue acelerando, o impacto pode ser ainda maior.
Se todas as geleiras do planeta derretessem, o nível do mar poderia subir até 58 metros, inundando áreas costeiras em todo o mundo.
A elevação do mar não só destruiria áreas costeiras, mas também poderia provocar o deslocamento de milhões de pessoas, criar crises humanitárias e comprometer infraestruturas fundamentais, como portos, aeroportos e redes de abastecimento de água.
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No Brasil, o Rio de Janeiro tem monitorado o nível do mar em parceria com a NASA. Em Recife, áreas de risco estão sendo desocupadas, enquanto Fortaleza planeja a construção de um lago subterrâneo para conter o avanço das águas.
No exterior, países como Holanda e Japão têm investido em complexos sistemas de diques e barreiras para proteger suas cidades costeiras.
O futuro diante das mudanças climáticas
O aumento do nível do mar é apenas uma das várias manifestações das mudanças climáticas. Além disso, recordes históricos de temperatura, acidificação dos oceanos e a diminuição das camadas de gelo polar continuam a ser registrados.
Em 2023, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que o ano foi o mais quente da história, com impactos diretos na elevação dos oceanos.