O governo federal está avaliando a volta do horário de verão como uma opção para enfrentar os problemas causados pela crise de água no setor de energia durante o período de seca.
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida tem como principal objetivo ajudar a reduzir o preço da energia para os consumidores. A informação foi informada durante entrevistas do ministro à imprensa nesta quarta-feira (11).
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Volta do horário de verão aliviaria pressão nas gerações de energia
Com essa mudança, o horário de maior consumo de energia, que acontece no começo da noite, seria alterado para que o uso fosse distribuído entre as fontes de energia solar, eólica e hidrelétrica.
Atualmente, nesse horário, a energia solar para de ser gerada, pois ocorre o início da noite, e a energia eólica começa a aumentar aos poucos, entre 18he 20h. O problema é que, nesse intervalo, o consumo cresce muito, já que as pessoas chegam em casa do trabalho, descansam e fazem atividades de lazer e cuidados pessoais.
Com a seca e a queda no nível dos reservatórios, é preciso acionar as termelétricas, que geram energia mais cara e mais poluente.
Porém, a escolha de da volta do horário de verão ou não é observada como uma decisão política do governo, e não técnica, já que a economia significativa de energia é baixa.
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Suspensão do horário de verão em 2019
O horário de verão no Brasil foi instituído pela primeira vez em 1931, no governo de Getúlio Vargas, porém passou a ser adotado de forma permanente a partir de 1985.
Em 2019, a medida foi cancelada, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi baseada em estudos que indicaram que a medida não estava mais gerando os benefícios esperados em termos de economia de energia elétrica.
O decreto presidencial (9.772, de 25 de abril de 2019) que revogou o horário de verão considerou que os avanços tecnológicos e o aumento do uso de ar-condicionado tornaram a medida ineficaz do ponto de vista energético.
O Horário de verão era contemplado nos seguintes estados: Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), e no Distrito Federal (DF).