O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma iniciativa que deve ser lembrada e incentivada o ano todo.
Este mês é marcado pela maior campanha anti-estigma do mundo, o Setembro Amarelo, que entrou no calendário nacional em 2013.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar as subnotificações. No Brasil, o número chega a aproximadamente 14 mil casos por ano, o que representa uma média de 38 pessoas tirando a própria vida por dia.
As causas, em sua maioria, estão relacionadas a doenças mentais, principalmente quando não diagnosticadas ou tratadas incorretamente.
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Setembro Amarelo propõe uma conversa franca e a busca por ajuda
A campanha Setembro Amarelo ressalta a importância da conscientização sobre o valor da vida e o papel de todos na prevenção do suicídio, tema que ainda é um tabu.
A campanha reafirma a importância de falar sobre o assunto para que pessoas passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e compreendam que a vida é sempre a melhor escolha.
É crucial que as pessoas próximas saibam identificar sinais de que alguém está pensando em tirar a própria vida e ofereçam apoio. A escuta ativa, sem julgamentos, demonstra empatia e pode auxiliar na busca por ajuda médica.
Os transtornos mentais estão entre as 10 causas que mais afastam do trabalho, segundo dados do Ministério da Previdência.
Já a CID F32, os episódios depressivos, foi responsável por 49.582 licenças médicas em 2021. No ano seguinte, esse número subiu para 50.027. Em 2023, chegou a 67.966.
Dados sobre o suicídio
Dados da OMS mostram que, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte, após acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e um aumento de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, atingindo 1,33 por 100 mil.
Dados do Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais mostram que, de janeiro a julho de 2024, foram registrados 1.289 casos de suicídio no estado. Em 2022, foram 2.214 casos, e em 2023 os registros apontaram 2.217.
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