A população brasileira vai parar de crescer em 2041, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2041, o Brasil deverá atingir seu número máximo de habitantes, estimado em 220,43 milhões de pessoas.
A partir deste ano, a população do país deve diminuir, até chegar aos 199,23 milhões de habitantes em 2070.
Três estados já devem começar a perder população ainda nesta década: Rio Grande do Sul e Alagoas em 2027 e o Rio de Janeiro em 2028.
Minas Gerais deve começar a encolher no ano de 2039. Santa Catarina e Roraima devem começar a reduzir sua população em 2064.
Já Mato Grosso deve ser o último estado a fazer essa inflexão, em algum momento após 2070, ano limite da projeção.
Queda de população X taxa de fecundidade
Segundo as projeções, a taxa de fecundidade do país era de 2,32 filhos por mulher em 2000, recuou para 1,75 filho por mulher em 2010 e chegou a 1,57 em 2023.
Nos próximos anos, essa taxa deve recuar para 1,47 em 2030 e atingir seu ponto mais baixo em 2041, chegando a 1,44 filho por mulher.
Entre os estados, a taxa de fecundidade mais alta foi a de Roraima, com 2,26, e a mais baixa, a do Rio de Janeiro, com 1,39.
Regiões com as taxas de fecundidade mais altas em 2023:
- Norte: 1,83
- Centro-Oeste: 1,71
Regiões com as taxas de fecundidade mais baixas em 2023:
- Nordeste: 1,56
- Sul: 1,56
- Sudeste: 1,48
Segundo a projeção, a taxa de fecundidade no país vai continuar a cair até 2041, atingindo 1,44 filho por mulher. Depois disso, apresentará um ligeiro aumento até 2070, quando chegará a 1,5.
Idade média da fecundidade
As projeções também indicaram um aumento da idade média da maternidade. No ano 2000, a idade média em que as mulheres tinham seus filhos era de 25,3 anos.
Essa média mudou para 27,7 anos em 2020 e deverá chegar a 31,3 anos em 2070.
Como as Projeções de População do IBGE são feitas?
As projeções divulgadas nesta quinta-feira utilizam dados provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes de 2000, 2010 e 2022, a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros.
Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do país.