A doença é causada pelo vírus mpox (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. É considerada uma doença zoonótica viral.
Sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas pelo vírus, materiais contaminados ou animais silvestres (roedores) infectados.
Os sinais e sintomas gerais incluem dores no corpo, dor de cabeça, calafrios, fraqueza, febre, adenomegalia, linfonodos inchados (ínguas) e erupções cutâneas ou lesões de pele.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox geralmente é de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
As erupções na pele geralmente começam de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.
O diagnóstico da mpox é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético.
A principal forma de proteção contra a mpox é a prevenção, evitando o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença.
O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas, prevenir e tratar complicações, além de evitar sequelas. Ainda não existe um medicamento aprovado especificamente para a doença.
Existe vacina para mpox?
A estratégia de vacinação prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
Vacinação pré-exposição: Pessoas vivendo com HIV/aids, com idade igual ou superior a 18 anos, e profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvirus.
Vacinação pós-exposição: Pessoas que tiveram contato direto, de alto ou médio risco, com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox.
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Por que é conhecida como varíola do macaco?
Ambas as nomenclaturas representam a mesma doença. O nome antigo teve origem na descoberta inicial do vírus em macacos, em 1958.
Em 2022, houve um esforço da OMS para mudar o nome do diagnóstico, do vírus e de suas cepas, pois o termo fazia menção ao macaco, e a doença não tem o animal como hospedeiro.
Os principais animais que carregam o vírus são roedores.
Além do problema relacionado ao animal, criou-se um estigma em relação à África.
Mpox: emergência em saúde pública global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (14) emergência em saúde pública global no cenário de mpox no continente africano.
O nível de alerta mais alto da organização foi acionado devido ao risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia.
Neste ano, os casos de mpox já superam o total registrado em 2023 e somam mais de 14 mil casos e 524 mortes.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças Africano (CDC África) já havia declarado o cenário da doença como emergência em saúde pública de segurança continental na terça-feira (13).
Mpox no Brasil
Após a declaração da OMS, o Ministério da Saúde instalou nesta quinta-feira (15), o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para adotar medidas de enfrentamento à disseminação da mpox.
Dados do ministério apontam que, em 2024, foram notificados 709 casos no Brasil e 16 óbitos.
A avaliação da pasta é que a nova onda da doença apresenta baixo risco neste momento para o país.
Entre as medidas que devem ser adotadas estão a aquisição de testes de diagnóstico, alertas para viajantes e a atualização do plano de contingência.