Conteúdos sobre bem-estar e estilo de vida com informações confiáveis, embasadas cientificamente e com orientações de especialistas
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Quero começar nossa conversa fazendo duas perguntas: você diz o que sente? Consegue expressar seus sentimentos?
Se a resposta foi um baita ‘não’ ou ficou no “talvez”, seja bem-vindo à grande maioria!
Esse é um comportamento dos tempos atuais porque inibe a nossa liberdade de expressar as emoções. Elas ficam escondidas, abafadas e quanto mais acumulamos, menos respiramos e mais ansiosos estamos.
Não ‘falar’ traz essa ansiedade, muitas vezes, inexplicável mas que tem o motivo na condição de deixar para lá e em vez de demonstrar tiramos da nossa caixinha as tão conhecidas frases:
– Não foi nada não.
– Está tudo bem.
Não, não está nada bem. Vamos ser realistas, admitir e entender que há uma rota muito melhor.
Dizer o que sente é fundamental! Caso contrário a porta fica escancarada e entram problemas emocionais e até físicos. Quer ver só?
Segundo a psicóloga, Cláudia soares, o hábito de trancar a boca e engolir os desaforos, as chateações, evitar resolver os problemas leva a dores de cabeça, no estômago e sensações como a tristeza, a autoestima em queda livre. É prejuízo na certa.
Cláudia nos mostra que para dizer o que sente há três formas. Para começar é preciso assertividade. Mas afinal o que é isso?
É você ser objetivo, direto e não ser hostil. A não assertiva é aquela na qual saímos pela tangente e abrimos mão de nos manifestar. E a outra é o a agressividade como brigar, xingar e até machucar.
Ela cita um exemplo: vamos supor que você esteja num restaurante e pede uma carne ao ponto. Quando o garçom vem com o prato, no momento em que você percebe que não veio como havia pedido, como você reagiria? Tem gente que come e não volta mais. Outras pessoas podem ser grossas e maltratar o profissional, nunca mais voltar ao restaurante e até mesmo fazer a propaganda negativa. São tantas situações, pode prestar atenção.
Mas como podemos mudar essa realidade e começar a expressar nossos sentimentos de forma mais assertiva? Bom, a psicóloga traça os caminhos.
No lugar do “Está tudo bem” e do “Não foi nada”, diga:
E mais ainda, reforçar o amor que sente apesar do sentimento que a atitude do outro causou em si mesmo. Você consegue expressar que ficou chateada (o), mas ao mesmo tempo diz para a pessoa que a (o) ama.
É importante colocar a sua emoção maior, que é o amor, e consegue dizer que está magoada (o) naquele momento, completa a psicóloga.
Claro que não é fácil, porém, é necessário e possível parar com essa mania de engolir essas emoções sem tempero e que deixam nossa alma amargurada.
Perseverança, sabedoria até para entender que algumas vezes o outro não vai compreender. Mas daí é um problema dele. A sua alma está em paz!