Bastidores e informações relevantes sobre o cenário político regional e nacional
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O Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira foi um dos convidados mais aguardados da convenção do PT – Partido dos Trabalhadores – em Uberlândia. O evento validou o nome da deputada federal Dandara como candidata a prefeita da cidade.
Silveira, uma das maiores lideranças do PSD em Minas Gerais, compareceu para formalizar a aliança que o partido dele, o PSD, fez com o PT já no apagar das luzes das negociações partidárias. O acordo previa que o PSD indicasse o candidato a vice na chapa.
O problema foi encontrar, dentro da legenda, um nome que pudesse agregar alguma força. Foi aí que surgiu o ex-presidente da Câmara Municipal de Uberlândia Geraldo Jabbur. Um político experiente que já acumulou vários mandatos no legislativo municipal, mas está longe das urnas faz bastante tempo.
Durante a convenção, que oficializou a chapa Dandara / Jabbur, o ministro deixou claro que sequer sabia o nome do candidato indicado pelo partido dele. Instantes antes de começar a entrevista coletiva, Silveira esqueceu que já estava com o microfone do portal Paranaíba Mais fixado na lapela. O ministro então, que estava ao lado de Dandara e Jabbur, cochicha no ouvido da deputada: “Como é que chama o vice?”. Ela responde e depois Silveira ainda confirma o currículo do candidato.
Minutos depois, já no palco da convenção, durante o discurso, o ministro parecia até muito bem informado sobre o candidato. Fez elogios inflamados ao currículo dele e celebrou a parceria com o PT.
Esse deslize do ministro expõe a dificuldade que o partido teve para chegar a um nome para vice na chapa de Dandara. Dias antes da convenção, especulou-se a possibilidade de ter o ex-vereador Estevão Bittar, filho do ex-deputado João Bittar, já falecido. Antes disso, a dúvida era se o PSD ia mesmo caminhar com o PT em Uberlândia. É que até então o partido era capitaneado pelos irmãos deputados Elismar Prado e Weliton Prado. Hoje, os dois se colocam numa posição de independência diante da disputa eleitoral, mas têm uma forte inclinação a apoiar a chapa de Paulo Sérgio (PP).
A aliança com o PSD só foi sacramentada mesmo depois que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, garantiu que os irmãos Prado estariam livres de qualquer obrigação de apoio se quisessem seguir outro caminho. Elismar está filiado ao PSD e poderia, nessa conjuntura, voltar ao Solidariedade onde está o irmão, sem punição do partido.