A prisão em flagrante de Cláudia Soares Alves, médica que raptou uma recém-nascida no Hospital de Clínicas da UFU, em Uberlândia, foi convertida em prisão preventiva durante a audiência de custódia que aconteceu na manhã desta quinta-feira (25). A decisão é do Tribunal de Justiça do estado de Goiás (TJGO).
Cláudia Soares entrou no HC-UFU, na noite de terça-feira (23), usando jaleco e crachá da UFU, tendo acesso ao quarto onde a bebê estava com a mãe e o pai, cerca de três horas após o nascimento.
Presa preventivamente
A audiência de custódia da médica, que aconteceu de forma online, avaliou como correta a prisão em flagrante de Cláudia e, em seguida, a converteu em preventiva.
A decisão do juiz Bruno Leopoldo Borges, do TJGO, levou em consideração os indícios de autoria do crime, a necessidade de ordem pública, a periculosidade da investigada e, ainda, a gravidade fato.
A defesa da médica alegou que Cláudia estava em surto psicótico, mas a Justiça entendeu que não foram apresentadas provas que comprovassem a situação de incapacidade.
Cláudia Soares está presa na unidade prisional feminina de Orizona, em Goiás, onde deve permanecer enquanto a investigação acontece.
Rapto da recém-nascida
Segundo relato da família, a médica conseguiu levar a bebê do quarto onde estavam no HC-UFU dizendo que iria dar leite à criança que, segundo Cláudia, estaria com dificuldade de amamentar.
Minutos depois, quando a médica não retornou com a recém-nascida, o pai suspeitou e avisou profissionais da unidade hospitalar. Uma vez que o crime foi descoberto, um protocolo de segurança foi feito, mas Cláudia já tinha conseguido sair do HC-UFU com a bebê dentro de uma mochila.
A médica fugiu em um carro vermelho em direção ao estado de Goiás. Uma força-tarefa entre as forças policiais dos estados de Minas Gerais e Goiás conseguiu rastrear e encontrar a suspeita na cidade de Itumbiara (GO).
A bebê foi resgatada na clínica médica onde a Cláudia Soares atua. A recém-nascida estava bem.
Prisão em flagrante
Cláudia Soares foi presa pela Polícia Civil (PC) de Uberlândia e, durante conversa informal com os policiais, alegou que estava em surto psicótico devido ao uso de medicamentos controlados.
A mulher passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) de Itumbiara, depois prestou depoimento à PC. Desde então, a médica está presa na unidade prisional feminina de Orizona, em Goiás.