O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) se pronunciou sobre o rapto da recém-nascida no Hospital de Clínicas da UFU, no início da tarde desta quarta-feira (24), por uma professora da instituição.
De acordo com a gerente de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas, Liliane Passos, a instituição está realizando um processo de apuração de responsabilidades e, conforme o andamento desse processo, as medidas cabíveis serão tomadas.
A instituição ainda garante que realizará o aprimoramento dos processos de trabalho e, especialmente, com os controles de acesso ao hospital, de maneira a garantir que outro caso semelhante não volte a acontecer.
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Confira o posicionamento na íntegra:
Sou Liliane Passos, gerente de Atenção à Saúde do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Gostaria de falar com vocês sobre o grave incidente que aconteceu na última madrugada no nosso hospital, o qual eu venho acompanhando desde então. Inicialmente, eu gostaria de informar que já está em andamento o processo de apuração de responsabilidades e que, de acordo com o andamento desse processo, todas as tratativas cabíveis serão tomadas. Ressalto também o nosso compromisso com o aprimoramento dos processos de trabalho e, especialmente, com os controles de acesso no nosso hospital, porque assim a gente vai garantir que outro caso como esse não volte a acontecer na nossa instituição. De acordo com as informações da Polícia Militar, felizmente nós tivemos um desfecho favorável para o caso e a criança já está sendo providenciada o transporte para que ela retorne para os pais. Nós seguimos acompanhando o caso, disponíveis para contribuir com toda e qualquer investigação e, principalmente, nós continuamos dando total apoio e acolhimento para a família.
Ministério Público Federal instaurou inquérito sobre o rapto da recém-nascida
Em entrevista ao Balanço Geral, o procurador da República Cléber Eustáquio informou que o Ministério Público Federal já abriu inquérito para averiguar o que levou ao rapto da recém-nascida. “Lá tem vigilância 24 horas, houve uma falha. Isso precisa ser bem apurado e será bem apurado”.
O procurador acredita que a Ebsersh, responsável pela administração do HC-UFU, teria assumido um grande hospital sem ter experiência suficiente. “Nós já instauramos um procedimento e iniciamos uma investigação que vai abordar tanto a parte criminal quando a parte civel. Nessa parte civil vamos verificar essa falta de segurança no local que na verdade já é um fato antigo.”
Ainda segundo o que foi informado pelo procurador Cléber Eustáquio, a Polícia Federal tomará frente em relação à investigação criminal do caso do rapto da recém-nascida.
Entenda o caso
A mulher apontada como responsável pelo rapto da recém-nascida foi identificada como Cláudia Soares Alves, que é médica neurologista e atuava em Itumbiara, cidade de Goiás (GO).
A suspeita foi presa na manhã desta quarta-feira (24), em Itumbiara, pela Polícia Civil de GO. A recém-nascida foi encontrada na clínica onde a médica atendia na cidade.
Cláudia retornou para Itumbiara depois de conseguir entrar no HC-UFU, em Uberlândia, usando jaleco e crachá, e ter acesso ao quarto onde a recém-nascida estava com a família.
Cláudia se apresentou como médica pediatra e disse que a criança estava com dificuldade de amamentar. A médica levou a bebê dizendo que iria dar leite no copo para ela. Quando a mulher não retornou com a recém-nascida, o pai procurou a filha e não a encontrou.
Uma vez que a equipe de profissionais do HC-UFU notaram o crime, a Polícia Militar foi acionada. Durante uma força-tarefa das forças policiais, a médica foi encontrada e presa horas depois do rapto da recém-nascida.
Cláudia Soares era professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e, segundo testemunhas, alegava que estava grávida.